As Fúrias


Nasceram do sangue que Urano perdeu quando foi mutilado por Chronos, e costumam ser representadas por serpentes aladas ou por mulheres seminuas ladeadas por serpentes.
Estão entre as divindades mais antigas e temidas (como as Moiras) e eram respeitadas por tooodos os deuses, inclusive Zeus, que não se metia a besta com elas.
Nas primeiras narrativas elas eram muitas, mas acabaram virando apenas três: Alectó, Megera e Tisifone.
Responsáveis por proteger a ordem do mundo (daí a gente sabe que essas miseráveis certamente estão em ano sabático em 2020), elas evitavam desvios, e arrogância (a hybris que eu falei em outra postagem) que faz com que o homem esqueça que é um pobre mortal li-mi-ta-do.
Elas costumavam confundir o entendimento que os homens têm das previsões dos oráculos pois sabiam que, sem a incerteza, eles se comparariam aos deuses.
Alectó respirava vingança e tomava várias formas para enganar e punir os desviados.
Megera era a responsável por semear a discórdia e a disputa.
Tisífone, que sempre estava com as vestes sujas de sangue, guardava a porta do inferno, onde castigava os condenados. Era ela quem espalhava a peste na Terra para punir os mortais (essa cretina desgraçada está trabalhando bastante).
As fúrias mantinham a ordem e a harmonia no mundo, inspirando medo dos castigos inevitáveis que aplicavam e obrigando os homens a conhecer a doçura de uma consciência tranquila.
Nada como uma metodologia delicada e carinhosa, né gente?



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