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Mostrando postagens de junho 28, 2020

Eros e Psiqué

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Afrodite não era fácil. Ela era mãe de Eros (o cupido, deus do amor e do desejo) cujas flechas podiam despertar tanto o amor quanto a indiferença (engraçado pra quem argumenta que amor e ódio são faces da mesma moeda; o que se antepõe ao amor aqui é a indiferença. Faz muito mais sentido). Psiqué era uma mortal, filha de um rei e era muito linda. Era bonita demais. Afrodite, ameaçada, sabendo que os pais da menina iriam consultar um oráculo para saber quando ela se casaria, fez com que o oráculo dissesse a eles que a mandassem vestida de noiva a um rochedo onde seria desposada por um monstro. Assim foi feito. Só que Afrodite instruiu Eros a se passar por monstro e castigar Psiqué. É claaro que não deu certo... Quando chegou no rochedo, o vento de Zéfiro transportou Psiqué a um castelo maravilhoso onde um homem cujo rosto ela não conseguia ver, se apresentou como seu marido (era o Eros, que bateu o olho nela e se apaixonou perdidamente). Ele a fez prometer que jamais tentaria ver seu

Hades

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O deus dos mortos (não da morte, esse era Thanatos). Hades também era o rei da riqueza por ser dono de todo o metal precioso do mundo. Irmão de Zeus, ele não vivia no Olimpo e era conhecido por ser uma figura aterradora, impiedosa e terrível. Seu nome não era pronunciado, as pessoas temiam que isso o despertasse ou atraísse (Voldemort não inaugurou essa prática). Irônico (sádico, na verdade), ele gostava de se descrever como “hospitaleiro” deixando claro que sempre havia espaço para mais almas no inferno. Acompanhado de um cão de três cabeças (Cérbero), Hades era quem proferia as sentenças das almas que chegavam. O inferno era dividido entre o Érebo (onde aconteciam os julgamentos) e o Tártaro, parte mais profunda (subterrâneo do inferno, como se o inferno em si não fosse ruim o bastante) onde estavam aprisionados os Titãs. Quando os deuses lutaram com os Titãs, depois que Zeus destronou Cronos, Hades usou um capacete feito pelos Cíclopes (gigantes com um olho no meio da

A Guerra de Tróia

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Éris, a deusa da discórdia, manda o pomo de ouro (da discórdia) a Hera, Atena e Afrodite (que deveria ficar para a mais bela). A decisão coube ao troiano Páris (ideia estúpida de Zeus). Páris (desinteressado) escolheu Afrodite, que em troca fez com que Helena, que era a mulher mais linda de todas e esposa do Rei de Esparta (Menelau) se apaixonasse por Páris. Assim, Páris rouba Helena de Menelau e a leva para Tróia, e começa o novelão grego... O gregos comandados pelo irmão de Menelau, Agamenon e Aquiles, que era o mais belo e maior guerreiro da Ilíada de Homero (Brad Pitt gente, Brad Pitt...) cercam Tróia numa guerra que dura dez anos e custa a vida de muita gente. Vários deuses tomaram parte da guerra, inclusive Hera e Atena (ao lado dos gregos, ressentidas e furiosas com Páris). Num desses embates, Aquiles mata Heitor (príncipe de Troia, irmão de Páris e filho de Príamo) e arrasta o corpo amarrado a seu cavalo pelas muralhas para que todos os troianos vissem que Heitor estava

Hércules

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O cara não foi o que a gente pode chamar de homem de sorte. Filho de Zeus com uma mortal (Alcmena) ele sentiu a fúria de Hera ainda no berço, quando ela lhe mandou duas serpentes que ele tratou de estrangular. Zeus deu esse nome a ele tentando acalmar a esposa (Héracles significa Glória de Hera); mas não adiantou nada. O ódio que ela sentia por Hércules, cresceu junto com ele e foi o suficiente para que ela o fizesse achar que estava lutando contra seus inimigos enquanto, de fato, estava matando sua esposa Megara e seus filhos (há versões em que Megara é poupada, mas não chega a fazer grande diferença). Para ser perdoado por esse crime terrível, ele foi condenado a cumprir 12 trabalhos (propositalmente escolhidos por Euristeu - rei de Micenas - por serem julgados impossíveis de serem levados a cabo). Os 12 trabalhos eram; 1- Matar o Leão de Nemeia (de pele impenetrável por qualquer arma) 2- Matar a Hidra de Lerna (tão venenosa que matava com o hálito e nasciam duas cab

Os deuses do tempo: Cronos e Kairós

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Cronos governa o tempo que se mede (não é à toa que é nome de uma enorme linha de cremes antienvelhecimento), aquele tempo que te destrói, que gasta a gente, que se risca na folhinha. É o tempo que ninguém quer. Quando os filhos dele nasciam ele os devorava e isso é uma ótima metáfora pra ver o tempo como uma força que gera e devora. Ele cria um segundo, esse segundo morre porque ele (o próprio tempo) passa depressa e já vem outro na sequência... Kairós veio depois, como filho mais novo de Zeus, e foi a partir da percepção dele que surgiu a distinção entre o tempo que corre e o que a gente aproveita (o que mata a gente e o que a gente vive). Esse tempo oportuno, que a gente bebe em pequenos goles, com prazer é o tempo de Kairós. A imagem dele é interessante, já que mostra um cara que andava nu (despreocupado, desencanado, tranquilo) com asas nas costas e nos pés (sempre sempre sempre em movimento) e com um único cacho de cabelo na franja e o resto da cabeça sem nenhum fio de c