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Mostrando postagens de fevereiro 17, 2008

E se de repente a gente não sentisse a dor que a gente finge e sente, se de repente a gente distraísse o ferro do suplício?

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Sabe o que acontece comigo? Eu sou uma pisciana mimada e chata. Estou brigando com a sombra há três dias, tudo por conta das duas Damas da Noite do meu quintal que morreram depois de seguidos ataques de brocas. O Caio lá fora podando, serrando e arrancando as duas e eu chorando e soluçando, de pijama no banco do quintal. Ai que merda. Não me conformo. O Caio fez o canteiro e plantou a primeira de presente de aniversário quando fiz 28 anos e a segunda era uma muda da primeira que eu plantei. Não vou mais chorar por conta dessas brocas malditas. Pelo menos elas não comeram o pinheiro, o manacá, o fícus e as alamandas. Mas vou choramingar derradeiramente que as damas da noite eram minhas preferidas e que quando a Gi estiver aqui, vai deitar na rede que antes ficava sobre uma delas e agora está meio sob o manacá e meio a céu aberto. Tenho todas as letras do Chico Buarque e admito que tenho algum ciúme quando vejo alguma pérola dele (que não as letrinhas de sucessos batidos que povoam diári
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Ai que mau humor. Há duas quintas seguidas eu volto da UNIP azeda que só. A sorte é que eu dou carona pra a Ari (que é um docinho) e ela me distrai (ouvindo minhas bobagens), ou tudo poderia ser MUITO pior. Tivemos marketing no primeiro semestre e o professor entendia pacas do riscado. Todo mundo fala mal da UNIP, mas eu sempre defendi. Meus professores são bons, bem preparados e eu nunca tive reclamações importantes. Mas agora começamos a ter aulas de Pesquisa de Mercado. Puta que pariu. O professor (que para minha completa surpresa não é aquele sabido do primeiro ano) é uma pessoa agradabilíssima, educado, atencioso e bem intencionado. Mas não entende PORRA NENHUMA de pesquisa e as aulas, até agora, foram um festival de bolas fora. Até a primeira aula ele mal conhecia os conceitos de quali e quanti. Hoje os grupos apresentaram um esboço de uma pesquisa pra medir grau de satisfação na vida pessoal e profissional de 50 executivos. Os alunos fizeram o melhor possível (dentro do nano-uni

Baratos Amigos

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Ontem foi a estréia da minissérie Queridos Amigos , que a Globo vinha anunciando desde o final do ano passado. Eu estava interessadíssima, as chamadas deram a entender que se tratava da história de um grupo de amigos politizados e com links pros nossos anos de chumbo. O primeiro capítulo foi a maior merda que eu registrei na minha vida (expectativa, pra variar, só atrapalha). Parece que a Maria Adelaide Amaral bateu com a cabeça em alguma calçada nova da Praça Buenos Aires e me apareceu com esse texto ginasial. E o pior é que TODOS os artistas (abro uma exceçãozinha pra Débora Bloch, que tenta representar direito naquele mar de canastrões) parecem perdidos. O Dan Stulbach aprendeu a espremer os olhos e olhar pensativo pro nada e foi só o que ele fez o tempo todo. Pra aumentar minha raiva a casa onde eles oficializam o começo da história é ambientada na (minha) Serra da Cantareira e tem a maior cara de Petrópolis , não tiveram meia preocupação em saber como são as casas daqui. É só vidr
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Eu tinha 18 anos quando a Karen Carpenter morreu de anorexia nervosa em 1983 e lembro perfeitamente de ter achado a coisa toda uma completa estupidez. “Como ninguém deu comida pra ela?” me perguntava. Se eu, no auge da sabedoria onipotente pós adolescente, tinha imagens recentes na memória de minha irmã mais nova sendo obrigada a comer tudo que ela não gostava; aquilo me parecia impossível de engolir (trocadilho inocente).A grande questão é a seguinte: a doença, antes um mal secreto, está em voga. A incidência da doença entre grandes ídolos adolescentes do mundo da música e do cinema vêm mostrando que fatura da ditadura da perfeição chegou e é bastante alta.Atrizes como Lindsay Logan, Mary-Kate Olsen, Cristina Ricci, Anahí Puente, a Princesa Vitória da Suécia, Lady Dy e a modelo Kate Moss, além das brasileiras Deborah Evelyn e a bi campeã de surfe Andréa Lopes, são vítimas confessas da anorexia.As meninas sofrem uma pressão cruel desde muito cedo e são vítimas do meio, da família (mã