Admeto e Alceste
De
novo aquele tio sacana do Jasão, o Pélias, falei dele ontem... Esse cara tinha
uma filha chamada Alceste e ela arrumou um pretendente chamado Admeto.
Admeto
era o Rei de Feras, na região da Tessália, um herói argonauta e grande amigo do
deus Apolo.
Quando
ele quis se casar com Alceste, Pélias exigiu que ele aparecesse numa carruagem
puxada simultaneamente por um leão e um javali imensos (esses caras realmente
não tinham nada pra fazer, gente, não é possível tanta imaginação...). Não era
tarefa fácil, mas como quem tem amigos tem tu-do, Apolo ajudou e ele conseguiu
o carro puxado pelas feras, dobrou o chato do Pélias e casou com a Alceste.
Os
dois viveram felizes e satisfeitos até mais ou menos a página oito, quando, um
belo dia, ele adoeceu, foi ficando doente, doente... As Moiras apareceram
avisando que o fio da vida dele seria cortado na noite seguinte, que ele
deveria esperar a Morte vir buscá-lo. Apolo, mais uma vez, apareceu e convenceu
as Moiras (tem uma versão que diz que ele deu um fogo nelas, que ficaram
muuuito bêbadas) a darem um prazo pra que ele encontrasse alguém disposto a
morrer no lugar dele.
E
o homem tentou. Depois de pedir a todos os amigos, foi pedir aos pais e bingo!
Ninguém se habilitou. Então Alceste disse que ela morreria por ele e imediatamente
caiu doente e todo mundo sabia que a Morte viria buscá-la na noite seguinte (se
tem alguém que respeita muito o horário de expediente é a Morte).
Alceste
estrebuchando na cama, Admeto arrancando os cabelos e aparece o Hércules para
uma visitinha de cortesia. Quando ele sabe da história toda, fica esperando a Morte
e luta com ela até ela desistir ir embora deixando os dois em paz. Outra versão
diz que ele desceu ao inferno e trouxe Alceste de volta com a ajuda da
Perséfone. Mas o fato é que nem Alceste, nem Admeto morreram dessa vez.
Tem
coisa na vida que é inevitável, tudo bem. Mas toooodo o resto é, se você
realmente quiser. E o que você deseja é o que importa. Nietzsche diz que não
existe desejo sem coragem. Quer? Trate de ter coragem então.
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