Midas


Ele era Rei da Frígia e salvou um cara super importante e amigo do deus Diôniso. O deus, agradecido, concedeu a Midas o desejo que ele bem entendesse. O cara pediu que pudesse transformar em ouro tudo o que tocasse. Feito, Midas voltou para casa e logo percebeu a enoooorme roubada que o desejo tinha se revelado, já que ele não conseguia beber água nem comer absolutamente nada. Tudo virava ouro. Desesperado, ele voltou a Diôniso implorando para que o desejo fosse desfeito. O deus lhe ordenou que lavasse as mãos e a cabeça nas águas do rio Pactolo (que é um rio turco que desagua no mar egeu) e desde então, as areias desse rio passaram a ter ouro misturado nelas, e o Midas voltou pra casa sem poder nenhum e com as mãos abanando. 
Essa história é manjada, quase todo mundo conhece, mas vale a gente dar uma pensada no tanto que a gente não sabe querer, nem em quantidade nem em qualidade. Queremos qualquer coisa pra deixar ali encostada, como queremos pessoas pra tapar buracos que elas nunca vão adivinhar que existem e isso é muito injusto (por que o outro acredita que você realmente está interessado nele, não num recapeamento rápido da sua pessoa). A gente quer torto e magoa os outros, ou quer torto e se entulha de coisas que não precisa. Tem que saber querer. Até pra querer é preciso preparo emocional e reflexão. Hoje em dia todo mundo quer demais, quer tudo, mas não quer de verdade, ou nunca parou pra pensar no que, de fato, precisa pra ter paz e ser feliz.
Em As Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley diz: “cuidado com aquilo que deseja, pois certamente lhe será concedido”. Então...

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