Abominável Mundo Novo.

Quando eu estava no primeiro colegial no Rio Branco, ganhei uma bolsa (em algum concurso de redação, ou de palpite na vida dos outros – minhas atividades favoritas) pra um Kibutz em Israel. Quase morri de felicidade, mas acabei não indo por conta do pavor que minha mãe tinha dos “boatos de terrorismo” que foram apenas boatos, por pouquíssimo tempo... Tinha acabado de ler um livro sobre o socialismo e achava tudo aquilo maravilhoso. Até porque, como etapa anterior do comunismo, o socialismo tinha mesmo essa função sedutora (que cumpria muitíssimo bem). Um Kibutz, pra mim era o máximo da perfeição. Não havia ideal mais bem concretizado que crianças crescendo juntas, mulheres trabalhando juntas, homens fortes e serenos dispostos ao esforço físico e intelectual. Todos valendo a mesmíssima coisa, todos igualmente valorizados, sem propriedades, sem imperialismo blá blá blá. Meus amigos que foram, mandavam aquelas fotos típicas deles colhendo laranjas... Até hoje me pego sonhando em viver num...