DIONISO


(Os romanos chamavam de Baco, Dionísio é uma referência ao deus Dioniso, que é o nome certo)
O cara era o deus das festas, do teatro, do vinho e dos excessos. Tem um texto do Nietzche onde ele antepõe as características primordiais de Apolo (que era um cara mais ponderado e comedido) e Dioniso como metáfora às diferentes formas de manifestação artística. Vale a leitura. 
Enfim, Dioniso foi o último deus a entrar no Olimpo e o único que era filho de uma mortal. Zeus engravidou a Sêmele, a princesa de Tebas. E, só pra não perder o costume, por que tem homem que simplesmente nunca aprende, Hera descobriu tudo e tratou de se vingar. A aparência real dos deuses só podia ser vista (só era suportada) pelos outros deuses, os mortais não aguentavam a visão dos deuses em sua forma pura.  Hera, se faz passar pela ama de leite de Sêmele e a convence a fazer com que Zeus se mostre a ela. O idiota acaba concordando, aparece pleno em sua carruagem de raios e trovões e tudo o que ele consegue é transformar a princesa em pó. Zeus só  teve tempo de salvar o bebê que nem havia nascido ainda e costurar o coitado em sua coxa onde ele ficou até nascer (eu só fico pensando na cara da Hera com um filho bastardo costurado na coxa do marido)...
Quando Dioniso nasce, ele é criado por ninfas e quando cresce Hera aparece e dá um jeito de deixá-lo louco e ele sai vagando pelo mundo até que Reia fique com pena e o cure. Então ele aprende os segredos do cultivo das vinhas e com isso e alguns ritos mágicos que Reia ensinou quando o curou, ele vai ganhando fama de festeiro e baderneiro pelo mundo todo.
No final das contas, ele se casa com Ariadne, aquela que Teseu abandonou no meio da volta pra casa.
Sabem o que eu fico pensando? Tudo bem ser festeiro, tudo bem uma putaria (suuper tudo bem). Eu tinha um amigo que eu gostava muito, amigo virtual de muitos anos. Era o rei dos excessos. Até que um dia ele pifou e morreu. Não tinha ninguém que segurasse a onda, quase todos os amigos em volta dele eram só de farra e gente só de uma coisa ou só de outra, no fim das coisas não serve pra nada. Pra na-da. Se você gosta de alguém, tem que servir pra festa e pra dor de cabeça.  É bom ter isso sempre em mente.

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