Hefesto
Deus do fogo, dos metais e um dos poucos deuses associados ao trabalho
braçal (se for pra trabalhar, pra que serve ser deus, né?). Filho solo da Hera
(uma versão diz que ele era filho dela com Zeus), ressentida com a paternidade
solo dele no nascimento de Atena, Hera tratou de conceber um filho sozinha; mas
o bebê era feio demais e (como tudo sempre pode piorar) era coxo.
Horrorizada com a aparência de Hefesto, Hera o jogou do Olimpo. Ele caiu no mar
e foi recolhido e criado por Tétis e Eurínome (ninfas do mar) que o ensinaram a
lidar com metais.
Os vulcões eram suas oficinas e ele contava com a ajuda dos Cíclopes e de
duas donzelas de ouro que ele mesmo fez (e que, segundo Homero, na Ilíada,
“eram dotadas de entendimento de espírito, de voz e força”). Robótica
mitológica, senhoras e senhores...
O cara fez tudo que é artefato importante na mitologia: o escudo de
Zeus, a armadura de Aquiles, o tridente de Poseidon, a Flecha de Eros, as
sandálias de Hermes... e um trono de outro pra Hera. Esse trono, ele fez de
vingança, por saber que a mãe tinha despejado ele, ainda bebê, Olimpo abaixo.
Hera viu o trono e correu sentar-se nele. Foi quando percebeu que não
conseguiria levantar mais, por que havia um feitiço no trono que só Hefesto
podia desfazer e ele não estava disposto a isso. Depois de muito insistirem,
Dionísio levou Hefesto para beber e conseguiu convencê-lo, prometendo que ele
poderia pedir o que quisesse a Zeus. Hefesto estava tão bêbado que chegou no
Olimpo montado num jumento. Soltou Hera e tratou de pedir Afrodite (nada mais
nada menos) como esposa. Zeus não tinha como negar e eles se casaram. Mas ela o
traía e o casamento acabou com um flagrante dela com Ares na cama. Desajeitado
com as mulheres, uma vez ele entendeu errado uma visita de Atena, se jogou pra
cima dela, que o recusou enojada, mas engravidou mesmo assim. Assim nasceu
Herictônio, mas isso é outra história.
Hefesto teve outras mulheres e outros filhos. Não teve uma vida garantida,
como a gente vê com os outros deuses, mas foi um cara que fez o que era preciso
pra viver. Trabalhou, buscou ajuda, atacou, cedeu. Mesmo pra quem acha que não
precisa, saber jogar é a parte principal da vida. Né?
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