Wuthering Heights. Entre o perfume e a permanência

 





Li “O morro dos ventos Uivantes” quando era bem novinha. Dei um exemplar pra Sophia na adolescência, mas ela não achou muita graça.

É um puta livro, mas não é o meu preferido desse gênero (eu sempre gostei mais dos livros da Charlotte).

Mas eu sempre lembro de uma passagem onde a Catherine fala sobre o amor que ela sentia pelo Heathcliff e pelo Edgard.

Pra quem não leu ou tá com a memória piscando, a grosso modo: o Heathcliff foi criado com ela, era um cara meio selvagem, instintivo e pobretão (mas sempre foi o amor da vida dela). O Edgar era o vizinho riiiico, educado e polido. Ela era louca pelo Heathcliff, mas se casou com o Edgar.

Claro que depois de casada ela passa a se perguntar se fez a escolha certa optando pela segurança em detrimento do amor, mas os tempos eram outros e não tinha como voltar atrás.

Pensando nisso tudo, ela fala que há dois tipos de amor: um que funciona como as raízes de uma árvore, garantem que ela viva, são responsáveis pela permanência dela no mundo; enquanto que o outro é como as folhas e as flores que enfeitam, perfumam, mas vão e vêm...

O amor não é a mesma coisa para todos. Há quem precise de permanência e quem precise de perfume. Depende da época, depende da pessoa... mas é amor. Aí é que está a graça (a dor e a delícia).

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