A espada de Dâmocles

 A espada de Dâmocles

Não é mitologia, é história antiga, mas muuuito pertinente.
Dionísio (e por isso muita gente acha que essa história é coisa da mitologia) era o rei de Siracusa. O cara era um sanguinário, um tirano miserável.
Como todos os poderosos, vivia rodeado de puxa sacos (e Deus sabe como esse povo acostuma depressa com esse tipo de gente bajuladora horrorosa, e passam a depender deles. Ah, a vaidade humana... enfim, já falamos disso.) O fato é que tinha um cara chamado Dâmocles que era tão, mas tão puxa saco, tão invejoso (certamente devia mandar aquele emoji medonho de “aplauso” em todas as postagens do Dionísio nos grupos), que um dia, de tanto ele falar o quanto a vida do Dionísio era perfeita e maravilhosa, Dionísio se cansou e propôs que Dâmocles trocasse de lugar com ele por uma noite, de forma que ele pudesse desfrutar de tu-do o que cercava o universo de Dionísio.
Muita comida, muito luxo, muitas mulheres... o puxa saco estava realmente se sentindo o má-xi-mo quando olhou para cima e viu, sobre sua cabeça, uma enorme espada pendurada por um fio de rabo de cavalo. Apavorado, ele perguntou o que era aquilo e Dionísio respondeu na maior tranquilidade que aquela espada, sempre prestes a cair sobre sua cabeça, fazia parte do pacote “vida de rei”. Dâmocles, imediatamente, achou que a coisa já não era assim tão bacana e caiu fora.
Então... a gente fala da Espada de Dâmocles pra lembrar que o poder é líquido. Transitório, incerto, ocasional. Hoje você está lá e amanhã não estará mais. A gente vê isso, todos os dias, na política. Os caras tentam enganar as Moiras que ditam o destino desse poder, mas nunca, jamais vão conseguir.
O poder legítimo, aquele que nasceu com você, em você e que você emana, nunca será deposto (não ser por você mesmo). Mas o poder aparente (assim como os bajuladores), a que os homens morrem abraçados e afundam sem nem entender como foram parar ali, não dura e não há sequer de merecer grandes registros.



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