tag:blogger.com,1999:blog-46822024064851546452024-03-13T13:40:03.421-03:00LesmadesofaUm dia desses, num programa da BBC sobre comportamento, aprendizado e hereditariedade, ouví a seguinte frase lapidar:
"São seus genes que dirão se, no futuro, você será um super atleta ou uma lesma de sofá".
Irresistível.Lesma de sofáhttp://www.blogger.com/profile/02755800574421330764noreply@blogger.comBlogger279125tag:blogger.com,1999:blog-4682202406485154645.post-52276306701504972102023-12-03T21:17:00.003-03:002023-12-03T21:17:43.328-03:00 Medusa Team<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilfwy65W9F1vAk6MACCOOxA_VNjaG41aRibQjFOlRpwH15PM17xjhA-fRHsEg_THXdHfaBErPNFn-yYlOUxkotpAg0KGnhdTkZKRP932EkpU9J7QXvXWVjGQ1wMf9dlVa4PfN0cknu-E_X3aVEXFEnn-Wqzxzo9cmXutCtO9i29p6SkX7Ng928FISEhlEs/s500/perseu-medusa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="485" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilfwy65W9F1vAk6MACCOOxA_VNjaG41aRibQjFOlRpwH15PM17xjhA-fRHsEg_THXdHfaBErPNFn-yYlOUxkotpAg0KGnhdTkZKRP932EkpU9J7QXvXWVjGQ1wMf9dlVa4PfN0cknu-E_X3aVEXFEnn-Wqzxzo9cmXutCtO9i29p6SkX7Ng928FISEhlEs/s320/perseu-medusa.jpg" width="310" /></a></div><br /><p><br /></p><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Três Górgonas filhas de dois deuses do Mar. Só uma era mortal: a Medusa. Já começa em desvantagem, mas era bonita. Enquanto Esteno e Euriale tinham presas de javali, garras de bronze, asas imensas e eram feias de chorar, a Medusa era uma belezinha passeando pelo país das Hespérides, onde foi criada pelas irmãs.</span><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Medusa conseguiu a aparência que relacionamos a ela (serpentes nos cabelos e olhar petrificante) quando foi violentada por Posseidon no templo de Atena que - não podendo punir o tio, castigou a menina. E só a menina.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Atena não ouviu e não acreditou, possivelmente nem deu chance para que a Medusa se defendesse. Posseidon era um idiota selvagem e ela foi vítima dessa selvageria, da própria beleza, da impotência de uma mulher sozinha e da fúria de outra mulher, igualmente só – mas poderosa.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Medusa foi decapitada por Perseu, com a ajuda das Gréias e das Náiades (forçadas, mas sem elas, ele não teria chegado nem na metade do caminho), e de Hermes, Hades e Atena. Absolutamente desigual.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Há muitas interpretações psicoógicas desse mito. Uma delas diz que a Medusa reflete a culpa que as pessoas trazem em si, que o reconhecimento das próprias faltas, essa consciência é que petrifica a gente. Procede. Até a origem da palavra grega Medusa vem de algo como “assumir com autoridade as medidas apropriadas”. Aqui, mais uma vez, ela é instrumento, ela é usada como desculpa pro que acontece com a gente, com o que não é – nem de longe – responsabilidade dela.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">E a teoria sobre o escudo de Perseu, que venceu a morte nos olhos com a reflexão; dizendo que a juventude aprende a refletir e mata o medo que paralisa.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Do pescoço cortado dela, nasceu Pégaso (o cavalo alado – ela estava grávida de Posseidon, deus dos mares, dos terremotos e dos cavalos) e o gigante Crisaor. De suas veias saia um veneno mortal (da esquerda) e um remédio capaz de ressuscitar os mortos (da direita).</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Eu não gosto das imagens de sofrimento dela, principalmente a do Caravaggio. Ali tinha dor, mas tinha força. Tinha um pouco de cada mulher que não é ouvida e que se perde em sua própria história. Prefiro essa imagem que eu escolhi hoje, que mostra ela muito maior que Perseu.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Ave Medusa.</span></div><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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A figura de Brad Pitt, pra mim, é a personificação perfeita do Aquiles. Não consigo nem imaginar de outra maneira.</span></p><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">O Pelida (que era como chamavam os caras, na época: Aquiles era filho de Peleu, por isso era chamado Pelida. Os filhos de Atreu – Menelau e Agamenon – eram os Atridas. Eu e minhas irmãs seríamos as Egydas!) foi pra Guerra Tróia ainda menino. Criado pelo Centauro Quíron, ele estava mais do que preparado e não tinha o menor problema de autoestima. Lembrando que a Guerra nasceu no dia do casamento dos pais dele, com o bendito pomo da discórdia.</span><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Tinha um melhor amigo desde muito pequeno (há quem diga que eram amantes. Na mitologia eles eram menos caretas que a gente é hoje, não fazia a menor diferença); Pátroclo - que foi morto por Heitor (acreditando estar matando Aquiles – já que Pátroclo teve a brilhante ideia de lutar com a armadura do amigo).</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Aquiles, enlouquecido com a morte do companheiro, mata Heitor pouco depois. Essa é uma das explicações pra ele ter arrastado o cadáver do Heitor pelas muralhas de Troia, quando ninguém desrespeitava os mortos.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Era uma máquina de matar, rápido e confiante. Matou todos os homens de Andrômaca, o sobrinho de Príamo (pai de Heitor) e muitos muitos troianos. Também era vaidoso, e achava melhor morrer como herói a viver uma vidinha sem sal.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Um belo dia, numa batalha, Páris (irmão de Heitor) e autor do rapto de Helena, que deu nessa confusão toda, acerta uma flecha envenenada (com a ajuda de Apolo) no calcanhar de Aquiles.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Aquiles era filho de Tétis, uma titânide. Sabendo que o filho era mortal como o pai, ela fez oq podia para protegê-lo da morte e mergulhou o filho, ainda bebê, no rio Estige. Só que o calcanhar não se molhou nas águas do rio sagrado (ela o segurou pelo calcanhar). Era o ponto fraco de Aquiles e ele morreu.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Na Odisseia, Ulisses desce ao mundo dos mortos e encontra Aquiles. Ele está arrependidíssimo</span><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">por ter vivido pouco, por ter se arriscado tanto e morrido ainda jovem.</span></div><div><br style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Não é impressionante que a gente queira tanto uma coisa, pra conseguir e ver que não era nada daquilo?</span></div><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Uma das coisas interessantes da mitologia é que os deuses têm os defeitos da humanidade. Deuses, deusas e heróis são cheios de virtudes, mas carregados de defeitos.
No meio de toda essa normalidade tem um casal fora da curva, exemplos de conduta, retidão, honestidade e coragem (yada yada yada...): Heitor e Andrômaca. </span><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">O Heitor é o irmão mais velho do Páris (que roubou Helena de Troia – que era Helena de Esparta- deu a maior dor de cabeça pra todo mundo e acabou com a cidade inteira). </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">A desastrosa versão do cinema se salvou com a escolha do Brad Pitt pra Aquiles e Eric Bana como Heitor; o melhor casting imaginável pros dois heróis. </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">Se tem alguém que pode reclamar do Aquiles é a Andrômaca. Ele matou o pai (rei de Tebas) e os sete irmãos dela, depois matou Heitor (e arrastou o cadáver pelas muralhas de Troia até ele ficar despedaçado). </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">Quando Heitor saiu pra batalha com Aquiles, todos sabiam que ele não voltaria para casa. Andrômaca pede a ele que não vá, que pense no filho deles, Astíanax – ainda bebê- que ficará sem pai e ela, que sem proteção, será escravizada. Num dos cantos mais bonitos da Ilíada, ele lamenta sinceramente o destino da esposa, mas não o dele. O dele ele enfrenta. Vai pra Guerra e não volta. </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">Como ele era o guerreiro mais digno de Troia, os gregos ficam com medo de que o filho dele cresça com o mesmo espírito do pai e volte para se vingar e rsolvem a parada jogando o bebê do alto de um penhasco (ideia do Ulisses).
Andrômaca é entregue como escrava ao filho de quem??? Do Aquiles (que a essa altura já está morto, mas não dá sossego mesmo assim). </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">O tal do filho chamava Neoptólemo (não sei de onde sai tanto nome ruim) e com ele, Andrômaca tem mais três filhos: Molosso, Piélamo e Pérgamo (eu sei...eu sei...).
O tal do Neoptólemo, nunca valeu nada e acabou assassinado em Delfos, mas antes de morrer, deixou o trono e a Andrômaca pro Heleno (o único irmão do Heitor que escapou do massacre de Troia). </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">Só assim ela tem paz, e passa o resto dos dias cultuando a memória do Heitor. </span></div><div><span style="font-size: medium;">Tem gente que vale a pena ser lembrado, tem gente que é melhor embaralhar e dar as cartas de novo... A graça da vida é que todo dia que começa é um novo jogo e uma nova mão.</span></div><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Lembrem que o Agamenon sacrificou a filha sem piscar pra dar um start na Guerra de Tróia.
Eurípedes escreveu uma tragédia que conta uma versão boa desse sacrifício (até com final feliz – pra alguns).
Quando Ifigênia ia ser decapitada, Ártemis coloca uma corsa no lugar e some com a menina pra ser sacerdotisa dela na Táurida (onde hoje é a Criméia), e Ifigênia passa a vida exilada aprovando sacrifício, carimbando entrada no templo e vendendo camiseta da Ártemis, mas com a cabeça presa no pescoço.
Enquanto isso, o pai dela tinha voltado de Troia, e a mãe - Clitemnestra mata o infeliz logo no primeiro banho. Ifigênia tinha dois irmãos: Electra e Orestes (despachado ainda pequeno pra longe, por Electra, pra escapar da morte certa que o papel de herdeiro certamente lhe traria). Já adulto, ele volta para vingar o pai e mata a mãe (com a autorização de Apolo); só que isso dá a maior confusão. Tem toda a história com as Erínias e o voto de Minerva e ainda assim, o Apolo (de novo) resolve que ele tem que se purificar do matricídio trazendo uma estátua de Ártemis que está na Táurida, pra Atenas. Não é bem trazer, é roubar a estátua mesmo.
Ele vai com Pílades (primo que foi criado com ele) atrás da estátua, chegam na Táurida, se escondem no Templo e – é claro- são descobertos.
Ifigênia é chamada pra ver os dois invasores, que contam que vieram de Argos (cidade natal dela). Ela promete poupar a vida de um deles, em troca de notícias de sua família e eles acabam se reconhecendo e inventando um jeito de fugirem dali. O Rei da Táurida, Toas aparece pra ver se o sacrifício dos gregos invasores tinha sido consumado. Ifigênia diz a ele que precisa conduzir um ritual de purificação da estáua de Ártemis no mar e que os dois precisam participar. O rei acredita e os três fogem. Toas fica doido e manda seus navios trazerem todo mundo de volta, mas Atena (enfim) aparece, manda ele sossegar e os três voltam pra casa felizes com a estátua e tudo. Pílades até se casa com Electra! Final de novela tem casório.
Nem sempre o destino é mais importante que o caminho, mas quando dá certo é um alívio danado. A vida não é pra ser vivida em ambientes hostis.
Tenham isso em mente 😜<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Tava aqui planejando escrever sobre as Fúrias (Erínias), mas já escrevi aqui .
Mas tem um detalhe importante nessa história que eu não contei:o voto de Minerva.
Na volta da Gerra de Troia, Agamenon foi morto por Clitemnestra. Eles tinham dois filhos: Electra e Orestes. Orestes (com aquele movimento deles de vingar uma morte com outra), decide matar a mão. E aqui, há quem diga que foi uma ordem de Apolo e quem diga que foi um consentimento do deus. E Orestes resolve a parada.
Ela bem que tentou fazer o filho desistir, mostrando os seios pra ele, com o argumento de que ela o havia amamentado... (que ideia, meu Pai). Além disso, ela e o amante Egisto, estavam bem mais interessados nos bens do Agamenon e bem pouco dispostos a dividi-los com os filhos (a mulher não era nenhuma santa). (Não tem um mísero santo nessa história).
Só que os crimes de morte de gente do mesmo sangue eram o prato preferido das Erínias, que vieram pra cima de Orestes com a potência habitual. Orestes, que tinha pedido o consentimento de Apolo antes de cometer o crime, reclama a Apolo e Atena.
Acontece que as Erínias eram divindade antigas e super respeitadas (Zeus morria de medo delas). Atena sabia que não podia simplesmente mandar as três sossegarem.
Assim organizaram um julgamento em Atenas, no Areópago (uma pedra do Deus Ares, onde o próprio deus já havia sido julgado anteriormente numa pendenga com Posseidon). Nesse julgamento estavam Apolo, Atena, Orestes, as Erínias, o fantasma de Clitemnestra...
E o rolê empatou. Coube a Atena (que, na mitologia romana é Minerva), o último voto. Se voto de desempate, é sempre a favor do acusado, tem um viés humanitário, libertário.
As Erínias ficaram furiosas (trocadilho besta, não pude evitar) e reclamaram que perderiam a credibilidade e a função depois dessa decisão num crime tão grave.
Atena (que não era a deusa da saberoria a troco de nada), aproveitou e mudou o nome delas pra “Eumênides”- as benevolentes, as benignas. Seriam cultuadas por todos e estariam melhor na fita.
Todo mundo voltou feliz pra casa (menos a Clitemnestra, mas quem liga?) Um votinho sempre salva. É bom tratar tooodo o mundo bem.
Boa semana, gente <3
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<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj37zOxdTBqbXk2BodhJPnE-x_B8NNzWLQUjeDuFDCskoboOdH9e-yaK9rPkBKPHBvmgd4J4lrHeMh9EyqIuEuQ8mj3R9mD61D1bpa4rnmm6tqIvwxDSfnHv2wETYA2mmtVzJzxfJ69jRO3rKnzsMBiL_faopHKMZD_9Cwl3hD5CgLp-5Sxr8uiscor2g/s565/lear.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="565" data-original-width="495" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj37zOxdTBqbXk2BodhJPnE-x_B8NNzWLQUjeDuFDCskoboOdH9e-yaK9rPkBKPHBvmgd4J4lrHeMh9EyqIuEuQ8mj3R9mD61D1bpa4rnmm6tqIvwxDSfnHv2wETYA2mmtVzJzxfJ69jRO3rKnzsMBiL_faopHKMZD_9Cwl3hD5CgLp-5Sxr8uiscor2g/s320/lear.jpg"/></a></div>
Lear, rei da Bretanha, resolve passar o trono adiante e, pra decidir como fazer a divisão, pede que as filhas expressem toooodo o amor e gratidão que sentem pelo vaidoso pai. As duas mais velhas (Goneril e Regan) se derretem em adulações e promessas, enquanto a mais nova, Cordélia diz algo como “meu amor é silencioso e autêntico, não vou enganá-lo”. Convencido de que amor bom é o amor que reluz, Lear trata de expulsar Cordélia do Reino, sem herança nem boa noite.
Ele monta um esquema de previdência que inclui cem servos e outras benesses (que as filhas aceitam sem piscar) e entrega a coroa.
É claro que as duas, rapidamente, cansam de adular um cara que nem é mais rei e mandam Lear plantar batatas.
Ele acaba enlouquecido, acompanhado do bobo e de Edgard (filho ilegítimo de um dos nobres do reino - aqui temos tramas paralelas muito boas, mas complicadas). Cordelia o encontra e o perdoa, como era de se esperar.
As irmãs já tinham armado pra Cordélia- que morre enforcada. Lear morre logo depois.
Todos foram condenados pelo desejo do excesso de amor e garantias de Lear. Mas quem nunca, né?
Antes de morrer, ele passa por uma quase humanização, com um aumento de percepção em relação aos outros e quebra daquele orgulho imenso. Mas não foi o suficiente. Como ele mesmo diz, Cordélia nunca mais (ele repete cinco vezes) vai respirar.
Lear é (também) sobre lidar com o que temos, com o que somos, e não com o que brilha demais e promete, promete...
A gente tem que aprender a lidar com as coisas.
Não adianta apostar em pose, em follows, em adulação. Essas coisas, realmente não se mantém, são um tremendo erro de julgamento.
As coisas boas (permanentes) aparecem de onde a gente menos espera.
Já contei quem saiu da cabeça cortada da Medusa?? O Pégaso! (saiu um cara também, o Crisaor coitado, que nunca mais apareceu em nenhuma história). Pois o cavalo alado, símbolo da pureza, saiu do lugar mais insuspeito.
Por isso, mesmo que canse, que o retorno pareça não vir; a esperança tá aí. Ela renasce e renasce e a gente tem que tirar a danada de qualquer lugar.
Aliás, a Páscoa não é sobre esperança e renascimento?
Pois então.<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Agamenon era Rei de Micenas e irmão de Menelau (de quem Paris tirou Helena). “Tirou”, pq acho que o mito de que ela tenha se apaixonado por ele (coisa da Afrodite, pagando a promessa) e o seguido pra Troia por vontade própria faz muuuito mais sentido.
No começo da Guerra de Troia, os navios estão empacados esperando o bom humor da Deusa e o oráculo avisa que pra isso acontecer, vai ser preciso o sacrifício da filha do Agamenon. Ele, tranquilamente, manda chamar a menina (Ifigenia) e a mãe (Clitemnestra), mentindo que estão vindo pro casamento dela com Aquiles; e a cabeça da menina é separada do resto do corpo numa pedra, na frente da mãe, aterrorizada. Os ventos voltam e os navios partem. (Tem uma versão de que, nesse exato momento, ela é salva por Ártemis, que coloca uma corça pra ser decapitada em seu lugar- mas de qualquer maneira ninguéma mais sabe dela depois disso).
Agamenon resolve tomar uma concubina (eles costumavam pegar escravas como concubinas quando estavam longe de casa.) Só que a concubina que ele escolheu era a filha de um grande sacerdote de Apolo. Esse sacerdote vai tentar comprar a filha de volta e é escurraçado. Na volta ele se lamenta para Apolo, que manda uma praga matar primeiro os animais dos gregos e depois os próprios gregos enquanto Criseida não for devolvida. De novo o Oráculo dá a fita, Aquiles convoca o conselho e eles fazem Agamenon devolver a menina.
Ofendidinho pq ficou sem brinquedo, ele resolve tomar a concubina de Aquiles, a Brideisa (ainda tem a versão de que o Pátroclo compunha um trio com eles, mas essa é outra história). Isso deixa Aquiles tão puto que ele só não empala o Agamenon pq Atena intervém e diz pra ele não fazer mais nada, só se retirar da guerra e esperar Agamenon vir pedir penico. Dito e feito: depois de ver os gregos, sem o Aquiles, tomarem uma enorme invertida na guerra que estavam ganhando, ele acaba devolvendo Briseida. (O cara era tão covarde que mandou Ulisses fazer a devolução no lugar dele).
Depois de dez anos de guerra, ele volta pra casa. (A Odisseia durou mais dez, mas é o trajeto de Ulisses.) Chega todo lampeiro e pede pra Clitemnestra preparar um banho pra ele. Ela, que estava trabalhada no ódio e querendo vingar a filha, mata o marido a machadadas no banheiro mesmo.
Assim: se você fez muuuita merda, não adianta tomar banho. Melhor nem voltar pra casa<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Pasifae era irmã de Circe. Filha de Helios (deus do Sol) e de uma ninfa chamada Perseis; tinha outros dois irmãos, o Perses e o Aietes, que era rei da Colquida e pai da Medeia.
Ela casou com Minos, rei de Creta. Minos era filho de Zeus e deve ter puxado do pai o hábito de esticar o olho pra outras mulheres e deixar a sua em casa, furiosa.
Pasifae, de uma família de bruxas - por isso abri o texto lembrando que ela era irmã de Circe e tia da Medeia – tratou de resolver o problema fazendo com que Minos passasse a ejacular cobras e escorpiões em suas amantes. Isso diminuiu rapidamente a popularidade amorosa do Rei e acabou com a dor de cabeça de Pasifae.
Quando Minos assumiu o trono, quis provar pros irmãos que ele era o escolhido pelos deuses e eles não deveriam reivindicar nada em Creta. Pra garantir isso, ele pediu a Posseidon que mandasse do mar um touro divino e prometeu sacrificá-lo a Posseidon logo em seguida, como prova de agradecimento e lealdade. Mas é claaaro que assim que ele bateu o olho naquele animal perfeito, preferiu guardá-lo em seu rebanho e deixou Posseidon chupando o dedo. Não foi uma boa ideia.
A vingança de Posseidon foi deveras criativa: ele fez com que Pasifae se apaixonasse loucamente pelo touro. E a mulher não sossegou enquanto não consumou a paixão com o pobre do bicho. Pra isso, ela chamou Dédalo – que era um inventor que estava exilado em Creta e trabalhava pra Minos – e pediu a ele que fizesse uma engenhoca que simulasse uma novilha e onde Pasifae se encaixasse e as coisas acontecessem, enfim...
As coisas aconteceram e ela engravidou do Touro e pariu o Minotauro...
Não vou entrar aqui na história do Minotauro nem na do Dédalo, pq estamos tratando da Pasifae e eles podem esperar.
É interessante pensar como uma feiticeira poderosa, a grande rainha de Creta acabou enroscada, enredada no roteiro da história de gente com quem ela se envolveu, mesmo sem fazer a menor ideia do que se tratava. Isso acontece com a gente todo o santo dia. É uma condenação e uma salvação, porque as histórias que cruzam com as nossas podem derrubar ou levantar. Mas aí é que entra a grande sacada: a gente vai se deixar afundar? Nãããão, né?<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Já escrevi sobre Teseu aqui (filho do rei Egeu, também provável filho de Posseidom com princesa Aitra). Ele conheceu Egeu quando já tinha 16 anos e tratou de ir mostrar serviço se voluntariando pra enfrentar o Minotauro.
O Minotauro vivia em Creta e jovens eram sacrificados a ele de tempos em tempos (entregues no labirinto, de onde jamais voltavam). Eu implico (é a minha natureza, gente), mas ele estava bem-intencionado sim. Pra pegar o monstro do reino do rei Minos, Teseu teve a ajuda da filha do rei, a Ariadne, que deu a ele o tal fio que ele usou pra achar a saída do labirinto.
Não era um fio qualquer, era um fio que achava caminhos. E ela ofereceu ajuda em troca de se casar com ele, que aceitou sem piscar.
Labirinto vai, labirinto vem, Teseu mata o Minotauro, pega Ariadne (que está se achando imprescindível nessa vitória, certamente) e parte. No caminho, faz uma parada da ilha de Naxos, onde eles têm a primeira noite de amor.
Quando Ariadne acorda, não tem mais Teseu, nem barco nem casamento. Ela ficou pra trás (como a escultura maravilhosa do Museu do Vaticano que ilustra o post).
Tem uma versão passapanista desse Mito que diz que ele foi aconselhado a deixá-la na Ilha porque o destino dela era outro. As outras versões deixam assinalado que ele foi muito sacana.
O fato é que em quinze minutos apareceu Dionísio com toda a festa que ele sempre fez, e levou Ariadne com ele pra ser feliz no Olimpo (nada mal, gente).
Teseu seguiu sem ela e ainda esqueceu de trocar as velas do navio (como havia combinado com o pai – velas negras em sinal de sua morte e brancas em sinal de sua sobrevivência). Egeu, que esperava nos rochedos pelo filho, viu o navio chegando com as velas negras e se suicidou, pulando no mar (que ganhou seu nome). E Teseu ainda virou Rei. Nem falo nada... haha
Mas eu fico pensando em Ariadne, que achava que estava assim, e estava assada. Mesmo quando você tem os fios que acham caminhos, você pode não estar vendo tudo direito. Se hoje está aqui por um motivo, amanhã pode estar alí por outro. As coisas mudam, e a gente tem de tomar uma poção que é um misto de aceitação e preparação todas as manhãs. Todas todas.<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAXOMjHGPLPtkU0lJ1fBvf4itCDTslLHSeH2s101Kxv8oMe2g8DyBQqY8IXnngbyII56_jLKdVQ4fw3u5J42myM7K2NpzPb5qaEK2zkl-6n1jjAMDl3uGaVmSH8HXHSMdAhKXOJY_rAvbjt7xQahaOWlKXvPM2v03ikO2duz4usSKE05XHzaaK38jbQ/s573/antigona.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="320" data-original-height="386" data-original-width="573" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAXOMjHGPLPtkU0lJ1fBvf4itCDTslLHSeH2s101Kxv8oMe2g8DyBQqY8IXnngbyII56_jLKdVQ4fw3u5J42myM7K2NpzPb5qaEK2zkl-6n1jjAMDl3uGaVmSH8HXHSMdAhKXOJY_rAvbjt7xQahaOWlKXvPM2v03ikO2duz4usSKE05XHzaaK38jbQ/s320/antigona.jpg"/></a></div>
Sócrates era um filósofo diferente. Foi artesão e militar (lutou na Guerra do Peloponeso). Andava por Atenas e falava com quem quisesse ouvir. Era dele a máxima “só sei que nada sei”.
Claro que um cara ponderado, sábio e com capacidade de influenciar as pessoas logo virou um enorme incômodo e ele foi acusado de ateísmo e corrupção de menores. Sócrates foi condenado por um juri de 501 cidadãos atenienses. Ele podia escolher o exílio, o pagamento de uma multa ou a pena de morte. Pra ele, qualquer apelação significava aceitar as acusações e ele preferiu a morte.
Ele bebeu cicuta, se lavou como indicaram, deitou para que o veneno fizesse efeito direito e morreu como esperado.
Antígona era fruto da união incestuosa de Édipo e Jocasta. Dois irmãos de Antígona haviam morrido numa Guerra recente e apenas um deles, que defendia o trono de Creonte (seu tio) recebera a autorização para honras fúnebres. O outro irmão lutara contra Creonte e não lhe foram concedidas as honras. Naquela época, morrer sem ser devidamente velado e enterrado era uma condenação eterna e ela desobecedeu as ordens expressas do tio e autorizou a cerimônia fúnebre. Quando Creonte soube disso, condenou Antígona à morte por emparedamento. Ela reclamou? Não.
Antígona achava que fazia parte de uma família maldita, fruto de um ventre incestuoso. Os irmãos estavam todos mortos, a mãe se suicidara e Édipo, banido (após arrancar os próprios olhos, quando descobriu que era filho de Jocasta). Creonte era o Rei de Tebas e ela aceitou seu destino.
Duas tragédias pra gente pensar no respeito às instituições. Nem sempre o que a gente quer é o que a maioria quer, ou o que as instituições, com sua autoridade reconhecida e atribuída democraticamente, determinaram. Tem hora que é preciso aceitar decisões que não são nossas. Não adianta ficar argumentando, inventando como conseguir o resultado que se quer. Há que se ter maturidade. Refletir e ver o que foi feito de errado, corrigir a rota e tentar fazer melhor. As coisas não se resolvem hoje e de qualquer jeito. Saber perder, reconhecer e tocar. Isso serve pro caminhoneiro, pra dona de casa, pro jornalista, pro deputado e pro presidente de partido... Serve pro Brasil.
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Édipo e Jocasta tiveram quatro filhos: Polinice, Etéocles, Antígona e Ismene. Depois que Jocasta se suicidou e Édipo foi exilado por Creonte (que carimbou o passaporte do cunhado/sobrinho pra fora de Tebas), Polinice e Etéocles combinaram de alternar o trono. Maaas, quando chega a vez de Etéocles (imão mais novo é fogo, gente) passar o bastão pro irmão, ele se recusa, os dois brigam e Polinice leva a pior e acaba se refugiando em Argos, chorando no ombro amigo do Rei Adrasto. Polinice se casa com Árgia, princesa de Argos. Adrasto promete ajudá-lo a recuperar seu lugar de direito. Com eles, mais cinco chefes guerreiros seguiram cheios de sangue nos olhos pros portões de Tebas. Na mesma época, Tideu baixa em Argos depois de matar o irmão “meio sem querer” (coincidentemente depois de o oráculo dizer que o irmão o mataria) e acaba destronado. Argos dá a outra filha em casamento pro Tideu, também promete que o ajudaria a recuperar o trono e lá vai ele pra Tebas junto com os outros caras.
Na luta, Polinice e Etéocles morrem, assim como os outros guerreiros. Só Adrasto se salvou (porque fugiu a tempo). Foi a morte desses dois filhos de Édipo que causou toda a confusão do Creonte proibindo as honras fúnebres a Polinice, e Antígona desobedecendo o tio e acabando emparedada, pobrezinha.
Dez anos depois, Adrasto reúne os filhos dos caras que haviam sido mortos nos portões de Tebas e volta (na expedição “Epígonos”, que significa sucessores) pra resolver a parada. Desta vez, eles vencem. Assim, o filho de Polinice (Tersandro) é entronado e eles dormem mais contentes.
Na verdade, mais ou menos, porque na batalha o filho de Adrasto morre e o Rei acaba morrendo de desgosto pouco depois.
Tem duas coisas nessa história (além da minha implicância com irmãos mais novos): quais são as brigas que valem mesmo a pena, quais as brigas que são realmente nossas e se o gostinho da justiça realmente vale qualquer risco e perda. Porque a gente, algumas vezes, briga por hábito. Entramos em disputas por teimosia e esquecemos o tamanho da fatura que vem depois. E é uma fatura que a gente paga sozinho. Com sangue, suor e lágrimas. Melhor que compense, né?<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA7XiWeGDxvI1D05lHcp_P1sNf-VT0AABgL98YLLRoQCJTUDgYGX0W-KPGIII_hIQoKWW-TgQYD7oqQMu4yu0NbXnfvhfIn3YMSZRnlGXz4_t1AclHUhdMqLXBUYn8nDppFrgLD5I8zNVZyMso3Vr3SKLLVVanxvrhBHG1U0ad4BCuKaOWjHXabc7jBg/s600/271231425_10228216559869227_4598169029029122404_n.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="600" data-original-width="524" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA7XiWeGDxvI1D05lHcp_P1sNf-VT0AABgL98YLLRoQCJTUDgYGX0W-KPGIII_hIQoKWW-TgQYD7oqQMu4yu0NbXnfvhfIn3YMSZRnlGXz4_t1AclHUhdMqLXBUYn8nDppFrgLD5I8zNVZyMso3Vr3SKLLVVanxvrhBHG1U0ad4BCuKaOWjHXabc7jBg/s320/271231425_10228216559869227_4598169029029122404_n.jpg"/></a></div>
Heródoto é conhecido como o Pai da História (embora haja quem considere as versões dele meio enviesadas), o cara escreveu sobre a invasão persa na Grécia no século V a.C. E se hoje – janeiro de 2022- estamos aqui falando dele é por justo mérito.
Ele defendia os princípios gregos que deixavam claro que a única possibilidade de triunfo vinha através do equilíbrio. Segundo eles, excessos e desequilíbrio são a receita infalível pro fracasso.
Heródoto conta uma história pouco conhecida (na verdade, mais famosa pelos quadros que se inspiraram nela): O Julgamento de Cambises (a imagem que eu uso neste post é uma pintura do Gerard David).
Cambises era um rei persa do século VI a.C. Não sabemos como, mas ele descobre que o Juiz Supremo da Corte Persa, um cara chamado Sisamnes, tinha recebido dinheiro pra alterar uma sentença.
Como um bom rei persa, Cambises nem pensa duas vezes e manda esfolar Sisamnes (os persas gostavam desse tipo de procedimento dermatológico...). Logicamente a pele foi arrancada com Sisamnes vivo, ou a coisa toda não teria graça e talvez eu estivesse contando outra história aqui hoje. Mas o melhor vem agora: Cambises mandou que a pele de Sisamnes fosse usada para forrar a cadeira onde o próximo juiz se sentaria; e convocou o filho de Sisamnes para ocupar o lugar do pai, lembrando sempre do destino reservado a quem atropelava a justiça.
É interessante ver como tudo sempre cabe nesses nossos tempos... Tempos de excessos, tempos de desequilíbrio, tempos de justiça atropelada, desrespeitada, diminuída...
Não dá pra acertar sempre, mas a obrigação de sermos justos urge e é uma das coisas mais importantes e que mais fazem falta quando os antolhos de preferências nos impedem de ver as coisas como de fato são.
É preciso visão periférica pra entender que as verdades vêm e vão por todos os lados, o tempo todo. Algumas nos escapam, convenientemente. Aí mora um enooorme perigo.
Não há santos, nem justiceiros, nem salvadores desta pátria mãe gentil...
Há a imediata necessidade de se encontrar uma via possível para que as coisas melhorem. É bom manter isso em mente, mantendo também os olhos (e ouvidos) beeeem abertos.
Feliz 2022, gente!❤️<div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Filha de Hélio (deus do Sol). A mãe (Hécate) era a
deusa da magia e os irmãos tinham se mostrado bastante talentosos nisso desde
cedo. Ela não. Meio como um patinho feio, Circe cresceu sem saber a que veio.
Maaaas um belo dia, conheceu um pescador chamado Glauco e se apaixonou. Só que
ele, todo amigo, pediu ajuda pra conquistar a ninfa Cila (ninfa sempre dá
merda). Enciumada, Circe (meio sem saber oq estava fazendo)faz uma poção que
envenena Cila, que vira um monstro marinho devorador de homens. Zeus logo fica
sabendo do poder de Circe, que não estava na lista dos bem vindos no Olimpo e
nem era do tipo que se podia controlar (nem o poder e muito menos ela). Zeus
não era bobo.</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Exilada na ilha de Eana, Circe aprimorou seus
poderes e virou a maior bruxa da mitologia, especialista em venenos e poções.
Tansformava os caras que apareciam na sua ilha em porcos. Eles viravam porcos,
mas mantinham a consciência humana (ou a coisa não teria a menor graça).</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Ulisses apareceu um belo dia, na volta de Tróia
pra Ítaca (Odisseia) eles tiveram um filho que recebeu o nome de Telégono (na
certa, pra montar uma dupla grega com o meio irmão Telêmaco – fruto do
casamento dele com Penélope – aquela que ficou enrolando centenas de
pretendentes, fazendo e desfazendo um manto pro sogro enquanto o marido se
esbaldava com Circe na Ilha dela...)</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Os deuses tinham o poder de realizar o rito
Katharsis, que purificava de qualquer mal que a pessoa tivesse feito. Mas ao
deus, cabia aceitar ou não fazer o rito, sem questionar o que tinha sido feito.
Foi assim que, numa passagem com Jasão pela ilha de Eana, Medéia conseguiu sua
purificação.</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Circe é poder, mais interessante à medida em que a
gente vê que ela estava escalada pra um timinho B olimpiano, mas soube explorar
suas capacidades. Soube entender quem era e aceitou o que a vida mandava,
enquanto tratava de se construir.</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Não importa o tempo que demore, nem o que aconteça
no meio do caminho. Sua essência sempre vai te encontrar. Se você deixar.</span></span></span><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Um belo dia, as Moiras
cortavam o fio da sua vida e Tânato (Deus da Morte, já falamos dele) vinha te
buscar (o dia preferido dele pra arrebatar vidas é 21 de agosto). Você morria
e, ao ser sepultado, seus parentes colocavam uma moeda na sua boca ( a primeira
banda do Gregório chamava “A Coin for the Ferryman”). Essa moeda era chamada de
óbolo, e servia para pagar Caronte, o barqueiro de Hades, que levava as almas
(depois de remunerado) pelos rios Estige e Aqueronte (rio do infortúnio), que
faziam a fronteira entre os mundos dos vivos e dos mortos. Chegando nos portões
do submundo, estava Cérbero, o cão de três cabeças de Hades, que não fazia mal
a quem chegava, mas não tinha a mesma simpatia com quem tentava voltar. Aqueles
que não tinham recebido a moeda de seus parentes, ou não tinham sido sepultados,
não eram transportados e passavam a eternidade observando Caronte trazendo as
almas, além disso, podiam ir e vir do submundo. Essas almas perdidas eram um
dos maiores terrores dos vivos e por isso, normalmente quem morria recebia uma
moeda e um sepultamento, just in case... (ninguém merece uma assombração te
perturbando por tão pouco).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No submundo, as almas
eram julgadas pelos três juízes de Hades (que ficava sentado em seu trono,
observando, soberaníssimo): Eaco (o piedoso), Radamanto (o severo) e Minos (que
tinha a palavra final. E é esse mesmo que você pensou: o Rei da História do
Minotauro). Eles decidiam pra onde a alma ia: os santinhos iam pros Campos
Elíseos (versão deles pro Paraíso), as pragas seguiam direto pro Tártaro com
suas chamas eternas, e quem não tinha feito nada que valesse uma condenação ou
a salvação, ganhava uma passagem de ida pra Asfódelos, o limbo, onde você
passava a eternidade num tédio miserável e desesperador. Esse julgamento era aprovado
por Hades e ninguém, nem Zeus podia interferir nisso. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Lidar com a Morte é quase
impossível. É difícil demais não acreditar em nada, nem que sua avó e teu
senador vão te dar as dicas locais, ou que o Caronte vai fazer um caminho mais
fácil, ou seja lá o que alentar tua alma nessa hora. Acreditar é fundamental, é
um privilégio imenso. <o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<span style="background: white;">Esopo era um escritor da Grécia antiga, o pai da
fábula como estilo literário. Ele contava histórias e colocava uma moralzinha
no final (eu tenho essa mania). São dele “A Cigarra e a Formiga”, “A Lebre e a
Tartaruga” e mais um monte. Ele nasceu na Trácia (meio onde é a Turquia hoje) e
contam que foi vendido como escravo a um filósofo que se encantou com a
habilidade dele em contar histórias e acabou libertando o rapaz. Uma das
histórias dele é um lado B da Mitologia que tem pouca referência nos livros, mas
é boa e eu resolvi contar aqui.</span><br />
<span style="background: white;">Quando Prometeu (já contei essa história) estava
fazendo as pessoas com barro, ele fez uma figura com especial capricho,
imaginando, à medida que esculpia, que ela seria o modelo de comportamento de
tooodos os mortais. Seu nome seria Aletéia. Quando deu o último toque, Zeus o
chamou com alguma das suas urgências olimpianas e Prometeu foi acudi-lo. Dolo
era seu jovem ajudante e ficou encarregado de tomar conta das coisas enquanto o
mestre não voltava. Como tinha habilidade, alguma inveja, mas não tinha ideias,
ele pegou um pouco de barro e copiou a figura que Prometeu havia acabado de
esculpir. Meticuloso, ele copiou direitinho, mas o barro acabou antes que ele
fizesse os pés da figura e, pra piorar, bem nessa hora Prometeu voltou e,
distraído, colocou as duas figuras no forno, como se houvesse feito ambas.
Aleteia (verdade) saiu perfeita, sagrada e caminhando como se flutuasse. Sua
cópia, sem pés, ficou condenada a andar em sua sombra. Essa cópia recebeu o
nome de Pseudeia (mentira).</span><br />
<span style="background: white;">Em tempos de CPI, a gente tende a achar que está
permanentemente deste ou daquele lado da história e não é assim que a coisa
funciona. A gente está circunstancialmente aqui ou ali, ao sabor do que a vida
oferece, do que experimentamos e das possibilidades. Ah as possibilidades... A
minha verdade não funciona pra você e a gente tem que aprender a dormir com
esse barulho porque amanhã isso vai se inverter. São Tomás Aquino dizia que “se
tudo é falso, falsa também é a afirmação de que tudo é falso. Se tudo é
verdadeiro, é verdadeira também a afirmação de que tudo é falso”.</span><br />
<span style="background: white;">Melhor lembrar disso antes de qualquer
julgamento.<o:p></o:p></span></span><p></p><br /><p></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Filho de Zeus e de Hera,
era um dos 12 deuses olimpianos e descrito como um cara de estatura sobre
humana, que costumava lutar com tanta fúria que soltava urros a cada golpe. Não
à toa, ele foi o grande amor de Afrodite...<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ares andava acompanhado
de dois de seus filhos com ela, os demônios Deimos (Temor) e Fobos (Terror).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Na Guerra de Tróia, ele
foi ferido por Diomedes quando tentou ajudar Heitor, mas Atena, que sempre
levava a melhor com Ares, intercedeu e Ares acabou indo parar no Olimpo pra que
Zeus cuidasse dele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Um dos filhos de Ares,
Cicno (um ladrão cruel) foi morto por Hércules. No momento da morte do filho,
ele tentou interceder atirando uma lança em Hércules, mas Atena apareceu e
argumentou que esse era o destino de Cicno. Ares (é claro) não deu ouvidos à
ela, que desviou a lança e Cicno morreu pelas mãos de Hércules, como estava
escrito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O mesmo aconteceu com
outra filha dele Pentesileia (não sei quem escolhia os nomes dessas crianças,
gente...). Ela era a rainha das amazonas e foi morta por Aquiles em Tróia. Mais
uma vez Ares tentou ajudar, e mais uma vez – agora Zeus – disse que esse era o
destino da moça, que morreu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O cara era forte, era
bravo e era corajoso. Em Esparta havia uma estátua dele acorrentado,
representando o espírito da guerra e da vitória que jamais deveria deixar a
cidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ares inspirou o amor da
deusa do amor, mas do amor <i>carnal</i> (só quem já teve um e outro pra
entender a diferença). Teve muitos filhos, todos amaldiçoados, furiosos e
infelizes. Desgovernados, descontrolados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Dá um trabalho do
inferno, cansa e tem hora que dá muita vontade de chutar tudo pra beeem longe,
mas quando a gente não chuta e faz tudo direito e até o fim, como tem que ser
feito, porque sabe que tem gente importante se mirando no que a gente faz e
como a gente faz, percebe que vale muito a pena se segurar e dar o bendito
exemplo. Pro filho, pro amigo, pra quem quer que seja que te ache digno de ser
modelo de qualquer coisa. A sensação é maravilhosa e o resultado compensa
lou-ca-men-te.<o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Deus do mar, dos cavalos e irmão de Zeus. Irado,
instável, impetuoso, violento e imprevisível. Poseidon é a imagem do mar
revolto. A Grécia é cercada pelo mar e ele era um cara importante. Só que Zeus
era um deus da civilização e do regramento e avançou sobre as forças
incontroláveis da natureza que Poseidon representava, e ele perdeu terreno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A arma de Poseidon era um tridente feito pelos
ciclopes (que ele e os irmãos libertaram do Tártaro na Guerra dos Titãs) que
fazia tremer a terra e o mar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Poseidon era ambicioso e entrava em tudo que era
disputa, mas vivia caindo do cavalo (trocadilho besta...). Perdeu Delfos pra
Apolo, Argos pra Hera, Metade do Corinto pra Hélio e fez um papelão com a
sobrinha Atena.) <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O embate com Atena foi por conta de uma cidade na região
de Ática. Os dois queriam que a cidade lhes prestasse devoção, e fizeram
ofertas. Ele ofereceu um cavalo, uma nascente e uma fonte de água salgada. Ela
prometeu sabedoria a todos e uma oliveira. A cidade toda votou e os homens
escolheram Poseidon, mas as mulheres -em maior número e infinitamente mais
sensatas- votaram em Atena, e seu templo foi erguido no topo da cidade, então
batizada de Atenas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Furioso, Poseidon tirou das mulheres o poder do voto
(jeitinho mequetrefe de justificar a ausência das mulheres na democracia
ateniense)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Poseidon tinha muitos filhos (destemperados como
ele... praticamente um presidente conhecido nosso) e nem todos tinham a
aparência humana, havia alguns animais. Com a Medusa, teve Pégaso o cavalo
alado e era pai do Rei Minus (que pediu um sinal dessa paternidade, Poseidon
mandou um touro branco espetacular saindo dos mares para que Minus sacrificasse
a ele, mas Minus quis o touro pra si, e sacrificou outro achando que enganaria
Poseidon. Poseidon, furioso fez com que a mulher de Minus se apaixonasse pelo
touro. Dito e feito. Ela engravidou do touro e assim nasceu o Minotauro). Isso
é que é família problemática...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A dica aqui é o
regramento, a organização da civilidade que SEMPRE vão ganhar do impulso
desgovernado. Pode ser mais divertido, quase irresistível, mas faz você perder
um tempo enorme e se arriscar por quase NADA.<o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Deus do fogo, dos metais e um dos poucos deuses associados ao trabalho
braçal (se for pra trabalhar, pra que serve ser deus, né?). Filho solo da Hera
(uma versão diz que ele era filho dela com Zeus), ressentida com a paternidade
solo dele no nascimento de Atena, Hera tratou de conceber um filho sozinha; mas
o bebê era feio demais e (como <i>tudo sempre</i> pode piorar) era coxo.
Horrorizada com a aparência de Hefesto, Hera o jogou do Olimpo. Ele caiu no mar
e foi recolhido e criado por Tétis e Eurínome (ninfas do mar) que o ensinaram a
lidar com metais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Os vulcões eram suas oficinas e ele contava com a ajuda dos Cíclopes e de
duas donzelas de ouro que ele mesmo fez (e que, segundo Homero, na Ilíada,
“eram dotadas de entendimento de espírito, de voz e força”). Robótica
mitológica, senhoras e senhores...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O cara fez tudo que é artefato importante na mitologia: o escudo de
Zeus, a armadura de Aquiles, o tridente de Poseidon, a Flecha de Eros, as
sandálias de Hermes... e um trono de outro pra Hera. Esse trono, ele fez de
vingança, por saber que a mãe tinha despejado ele, ainda bebê, Olimpo abaixo.
Hera viu o trono e correu sentar-se nele. Foi quando percebeu que não
conseguiria levantar mais, por que havia um feitiço no trono que só Hefesto
podia desfazer e ele não estava disposto a isso. Depois de muito insistirem,
Dionísio levou Hefesto para beber e conseguiu convencê-lo, prometendo que ele
poderia pedir o que quisesse a Zeus. Hefesto estava tão bêbado que chegou no
Olimpo montado num jumento. Soltou Hera e tratou de pedir Afrodite (nada mais
nada menos) como esposa. Zeus não tinha como negar e eles se casaram. Mas ela o
traía e o casamento acabou com um flagrante dela com Ares na cama. Desajeitado
com as mulheres, uma vez ele entendeu errado uma visita de Atena, se jogou pra
cima dela, que o recusou enojada, mas engravidou mesmo assim. Assim nasceu
Herictônio, mas isso é outra história.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Hefesto teve outras mulheres e outros filhos. Não teve uma vida garantida,
como a gente vê com os outros deuses, mas foi um cara que fez o que era preciso
pra viver. Trabalhou, buscou ajuda, atacou, cedeu. Mesmo pra quem acha que não
precisa, saber jogar é a parte principal da vida. Né?<o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Primeira geração de deuses olímpicos. Irmã mais velha de Zeus, Héstia
foi a primeira engolida por Cronos e a última a ser “desengolida”. Uma das três
deusas virgens (junto com Atena e Ártemis).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Na contra mão do comportamento da maioria dos outros deuses, Héstia praticava
a castidade. Num acordo com Zeus, ela conseguiu se livrar de ter que se casar
(como fez Ártemis, mais tarde) e manteve a castidade, sendo venerada nos lares
e permanecendo em paz, respeitada por todos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Sabe-se lá como (com os cromossomos que tinha, com aqueles pais e
irmãos) ela passou a vida afastada de intrigas e rivalidades.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Afrodite (sempre ela) achou um abuso essa
castidade toda e mandou desejo aos montes a Apolo e Poseidon para acabarem com
a graça da tia. Não funcionou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Héstia era representada pelo fogo sagrado, representando a iluminação, o
calor e o aconchego. Em Delfos, havia uma chama que tinha vindo direto do Sol e
era conservada em sua homenagem. A luz do fogo sagrado que aquece e simboliza a
paz que deve reinar e ser mantida nos lares e templos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Héstia é a deusa das lareiras, a alma dos lares, da moradia estável e da
perenidade das civilizações. Quando digo que a mulher era estóica, é porque ela
era mesmo (no estoicismo enquanto esforço que você faz pra não se deixar levar
por paixões).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não se sabe o porquê dessa
mulher ter feito essa opção, mas desconfio que ela sabia das coisas...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em tempos tão malucos a gente se divide entre viver o que sonha e
segurar o que tem. Na minha modestíssima opinião, a essa altura é melhor viver
em paz. Melhor ficar quieto, perto da lareira. Num mundo que já tem problemas
demais, sejamos estóicos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><b><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">By the way</span></b><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">: o
estoicismo tem muitas vozes, e Epicteto era uma delas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">“A principal tarefa na vida é simplesmente esta: identificar e separar
as coisas para que eu possa dizer claramente a mim mesmo quais são as coisas
externas que não estão sob meu controle e quais têm a ver com as escolhas que
eu realmente controlo. Onde então procuro o bem e o mal? Não nas coisas
externas, incontroláveis, mas dentro de mim, nas escolhas que são minhas”<o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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} catch(err) {}</script></div>Lesma de sofáhttp://www.blogger.com/profile/02755800574421330764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682202406485154645.post-84791077214338439822021-04-06T12:29:00.002-03:002021-04-06T12:29:24.440-03:00Belerofonte (os piores nomes da mitologia, certamente, são os desta postagem)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-vN8r0b0QxU8/YGx-Q9hqiZI/AAAAAAAAXG8/kd0KZMGcDJEAF76EsKdEfOCKrrTLr7cYwCLcBGAsYHQ/s1134/Mitologia%2BBelerofonte%2Baltivo%2BCREERSELA%2BNO%2BPAGA%2Bgratis%2Btarot%2Bde%2Bmaximo%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="743" data-original-width="1134" src="https://1.bp.blogspot.com/-vN8r0b0QxU8/YGx-Q9hqiZI/AAAAAAAAXG8/kd0KZMGcDJEAF76EsKdEfOCKrrTLr7cYwCLcBGAsYHQ/s320/Mitologia%2BBelerofonte%2Baltivo%2BCREERSELA%2BNO%2BPAGA%2Bgratis%2Btarot%2Bde%2Bmaximo%2B1.jpg" width="320" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;">Filho de Poseidon, e adotado por Glauco, B. fazia parte da família real
do Corinto, até o dia em que, acidentalmente, ele mata o tirano da cidade. Para
se purificar, era preciso a benção do rei de uma cidade próxima e ele foi a
Trezena procurar o rei Preto. Numa história suuper Fedra, a esposa de Preto
caiu de amores por B., que a recusou e ela, ressentida (eu falo que amor
ignorado é a pior desgraça que tem...) foi dizer ao marido que o rapaz tinha
tentado seduzi-la. Uma das leis mais respeitadas naquela época era a que regia
a hospitalidade (até Zeus respeitava) e ele achou melhor mandar o sogro matar o
assediador. Sem dizer nada a B., mandou-o ao sogro (ainda atrás da bendita
purificação) e junto mandou uma carta pedindo que Iobates (seu sogro), rei da
Lícia, matasse B. assim que ele chegasse na cidade. Mas Iobates também respeitava
as leis da hospitalidade e preferiu mandar o visitante cumprir tarefas das
quais ele certamente não sairia vivo. Matar a Quimera era uma delas, mas ele,
montado em Pégaso (presente de Poseidon) acabou com ela rapidamente. Cumprindo
toooodas as tarefas cabeludas que o rei inventava, e voltando inteiro pra casa
o rei acabou desistindo e mandando os maiores lutadores da cidade numa
emboscada e acabarem com ele de uma vez. E ele matou um por um. Daí, o Rei, que
não era nenhum idiota, achou melhor ter um homem desses por perto e o casou com
sua filha, fazendo de B.herdeiro do trono de Lícia.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas não acabou assim: se achando o último herói dos quadrinhos
mitológicos, B. monta em Pégaso e voam até o Olimpo, onde ele achou que seria
recebido pelos deuses como um igual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Afrontadíssimo, Zeus se transformou em uma vespa e atormentou Pégaso até
ele derrubar B., que caiu lááá de cima e só não morreu com a queda, porque
Atena deu seus pulos e fez com que a grama fresca atenuasse o impacto da queda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Pégasso ficou no Olimpo e B., meio estrupiado, passou o resto da vida
procurando o cavalo alado, que nunca mais voltou. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Então, gente: a vida não tá fácil pra ninguém. Tá puxado pra todo mundo.
Não é hora (nunca é) pra vaidades e ganância. A gente pode acabar caindo do
cavalo, e sem a Atena, nem ninguém pra ajudar...<o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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var pageTracker = _gat._getTracker("UA-15095674-1");
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} catch(err) {}</script></div>Lesma de sofáhttp://www.blogger.com/profile/02755800574421330764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682202406485154645.post-49638106500909106182021-04-06T12:23:00.003-03:002021-04-06T12:26:27.960-03:00Wuthering Heights. Entre o perfume e a permanência<p> </p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZhgsjcBBCV4/YGx84WhVNVI/AAAAAAAAXGo/lljyGE0wivsBWUbcg5CD_o9g2IlwIgACgCLcBGAsYHQ/s1280/morro%2Bdos%2Bventos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1108" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZhgsjcBBCV4/YGx84WhVNVI/AAAAAAAAXGo/lljyGE0wivsBWUbcg5CD_o9g2IlwIgACgCLcBGAsYHQ/s320/morro%2Bdos%2Bventos.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-2bf0xKsFfO0/YGx9mmrQHKI/AAAAAAAAXG0/rWVTMcMZB98wlSKhNIAOITWtNApwVM97wCLcBGAsYHQ/s1280/morro%2Bdos%2Bventos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1108" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-2bf0xKsFfO0/YGx9mmrQHKI/AAAAAAAAXG0/rWVTMcMZB98wlSKhNIAOITWtNApwVM97wCLcBGAsYHQ/s320/morro%2Bdos%2Bventos.jpg" /></a></div><br />Li “O morro dos
ventos Uivantes” quando era bem novinha. Dei um exemplar pra Sophia na
adolescência, mas ela não achou muita graça.</span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É um puta livro,
mas não é o meu preferido desse gênero (eu sempre gostei mais dos livros da
Charlotte).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas eu sempre
lembro de uma passagem onde a Catherine fala sobre o amor que ela sentia pelo
Heathcliff e pelo Edgard.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pra quem não leu ou
tá com a memória piscando, a grosso modo: o Heathcliff foi criado com ela, era
um cara meio selvagem, instintivo e pobretão (mas sempre foi o amor da vida
dela). O Edgar era o vizinho riiiico, educado e polido. Ela era louca pelo
Heathcliff, mas se casou com o Edgar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Claro que depois de
casada ela passa a se perguntar se fez a escolha certa optando pela segurança
em detrimento do amor, mas os tempos eram outros e não tinha como voltar atrás.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pensando nisso
tudo, ela fala que há dois tipos de amor: um que funciona como as raízes de uma
árvore, garantem que ela viva, são responsáveis pela permanência dela no mundo;
enquanto que o outro é como as folhas e as flores que enfeitam, perfumam, mas
vão e vêm...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O amor não é a
mesma coisa para todos. Há quem precise de permanência e quem precise de
perfume. Depende da época, depende da pessoa... mas é amor. Aí é que está a
graça (a dor e a delícia). </span><!--[if mso & !supportInlineShapes & supportFields]><span
style='color:black;mso-color-alt:windowtext'><span style='mso-element:field-begin;
mso-field-lock:yes'></span><span style='mso-spacerun:yes'> </span>SHAPE <span
style='mso-spacerun:yes'> </span>\* MERGEFORMAT <span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><v:rect alt="❤️" filled="f" id="Retângulo_x0020_2" o:gfxdata="UEsDBBQABgAIAAAAIQC75UiUBQEAAB4CAAATAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbKSRvU7DMBSF
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<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Eu já contei a história do Prometeu acorrentado aqui antes, mas quero
falar outra coisa, de outro recorte (pra dar uma pegada mais acadêmica...haha).
Prometeu foi castigado por ter entregado aos homens o segredo do Fogo (que
devia ficar restrito aos deuses). O Fogo traz, em si a técnica. A técnica é a
vantagem suprema que faz com que homens sejam superiores aos animais, aos
outros homens e através do fogo foi dado o start geral no aprimoramento da
categoria. A técnica aproxima os homens de Deus, que – em sua arrogância-
esquecem sua condição mortal e saem arriscando e cometendo hybris (que eu
também já expliquei aqui). Bom, lá se foi Prometeu pro Monte Cáucaso servir o
próprio fígado de aperitivo noturno eterno a um abutre sem restrições
alimentares... Esse foi o castigo reservado a um deus que traiu o Olimpo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas a humanidade também foi castigada com Pandora e a bendita caixa com
os males do mundo. Na caixa, a guerra, a peste, os vícios, a mentira, a
velhice, o trabalho (Pandora, sua desgraçada) ... e a esperança. Nesse contexto
a esperança também era uma má ideia, cheia de ambivalência a esperança traz a
expectativa (sua sombra negra terrível) e a expectativa serve pra que? Pra ser
frustrada, pra deixar a gente na mão. Como manter a esperança sem que ela vire
um caminhão de expectativas pronto a descarregar seu peso na cabeça da gente??
Por que manter a esperança faz a gente manter a saúde mental e baixar as
expectativas também. A resposta é difícil, mas é um exercício interessante e
que dá pra ir fazendo nas pequenas coisas a partir de já. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A consciência não se engana, ela é aquela voz que avisa: isso tá certo,
isso tá errado, mas a gente insiste em não ouvir, quando não convém...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Silenciar os macaquinhos que vivem na cabeça da gente e ouvir a consciência
e dar tamanho ao que merece, ao que compensa. Bora tentar?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 8.0pt; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; tab-stops: 314.95pt;"><span style="background: white; color: #050505; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Boa semana, gente <o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Esta, principalmente tem uma de pegada mais estóica e outra mitológica raiz. Sigo na que me agrada...</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Afrodite (mantendo a tradição de Deusas ressentidas e vingativas) se apaixonou por Hipólito (que era filho de Teseu com uma amazona). Mas o cara havia feito um voto de passar a vida dedicado ao culto da natureza e nunca havia de perder tempo se envolvendo emocional ou sexualmente com ninguém (inaugurando o isolamento social grego).</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Furiosa, ela faz com que a madrasta de Hipólito, Fedra, se apaixonasse loucamente por ele (o loucamente, aqui, não é nenhuma figura de linguagem).</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Fedra não se aguenta de amor (e um razoável fogo na periquita, já que Teseu era um cara beeem ocupado e vivia fora de casa) e vai pra cima do enteado. Hipólito a rejeita de cara e ela (que não era Deusa, mas estava ressentida e quis se vingar), vai até Teseu e diz que Hipólito a atacou. Teseu fica doido (ela era uma posse dele, e para ele isso era muito mais importante que o filho), e manda Posseidon matar Hipólito.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Posseidon reúne forças da natureza e num acidente que envolve monstros marinhos e cavalos assustados, lá se vai o Hipólito pro além.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Fedra fica (mais) maluca quando sabe da morte do amado (provocada por ela) e se mata.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">O que temos aqui? A natureza que Hipólito cultuava acima de tudo acabou com ele. O motivo? Ele traiu a própria natureza humana. Assim: nesta vida a gente está no play, a gente tem que brincar. Não existe a possibilidade de seres humanos comuns (não monges, nem padres – e nem vou me aprofundar em deslizes dessas categorias) escaparem de se relacionar, se apaixonar e viverem de alguma maneira o amor.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">O amor é traiçoeiro, ser feliz não é única maneira de vivê-lo: a gente quebra a cara, se engana, é feito de bobo, é descartado... mas também é amado e sente que o mundo enfim, deixou de ser um lugar hostil e sem cor. Se compensa a dor de cabeça, cada um tem sua resposta; mas obrigatoriamente terá de passar por tuuuudo isso.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Ah, e a gente sobrevive (na graaande maioria das vezes).</span></p><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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Dá a ela o nome de Galatéia e (como era de se esperar pra alguém com esse tipo de comportamento doido) se apaixona profunda e perdidamente pela estátua.</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Passa os dias admirando a beleza dela, imaginando, sonhando e suspirando pela imagem.</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Decidido a sair do abstrato pro concreto, ele implora a Afrodite que lhe consiga uma mulher exatamente como Galatéia. Afrodite acha mais fácil dar vida à estátua, que vira a perfeitinha do Pigmalião, e ele acaba se casando com ela, tendo filhos e sendo feliz (pois é...).</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">O efeito Pigmalião é estudado, é o que a expectativa causa no outro. Dois psicólogos americanos Rosenthal e Jacobson estudaram a alteração do comportamento e resultados de alunos especial e precocemente bem avaliados pelos professores (que tiveram seu desempenho sensivelmente aprimorado) e aqueles que foram detonados, considerados preguiçosos ou maus alunos, logo de cara, foram ladeira abaixo.</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Então é assim: você aposta no outro, idealiza e o outro corresponde? Não exatamente. Lembremos que as pessoas idealizam as maiores loucuras, que isso não tem medida e que ninguém é obrigado a corresponder aos devaneios dos outros.</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">E tem outra coisa, a chance de você inventar o outro e ele não ser naaada daquilo é enorme e dá um trabalho danado recolher os cacos da cara da gente no chão.</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Portanto, lindezas, lembremos sempre que o incentivo positivo – de fato- funciona. Mas todo mundo com os pés beeem fixos no chão, e a cabeça no pescoço, viu?</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;"> </span><div><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-veKq2ijnZFY/X0qi0sdNPPI/AAAAAAAAS7w/KDfTBGul-jcEBalVA96mt6UZ5udKEmbGgCLcBGAsYHQ/s997/pigmaliao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="997" data-original-width="846" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-veKq2ijnZFY/X0qi0sdNPPI/AAAAAAAAS7w/KDfTBGul-jcEBalVA96mt6UZ5udKEmbGgCLcBGAsYHQ/s640/pigmaliao.jpg" /></a></div><br /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer"><script type="text/javascript">
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